segunda-feira, 25 de março de 2013

16° Dia: Boca fechada não entra mosquito ( 150 km)

  Boca fechada não entra mosquito, essa frase nunca me caiu tão bem pois já são quase uma dezena de insetos de todas as variedades que acharam por bem mirar bem na minha boca e vasculhar o que tem no meu estomago enquanto eu to a 60 km/h em uma ladeira. Tomara que insetos sejam carboidratos..rss

  Muito bem, sai de Papanduva as 9 da manha, sabia que no final desse trecho da BR-116 existia uma serra. A serra do espigão, o problema é que ela começa depois de 50 km de distancia de Papanduva e no pé da serra não ha cidades somente um posto de gasolina. Conclusão: ou vou até esse posto e tento uma carona pra subir a serra ou vou até esse posto e durmo na barraca.



  Comecei o pedal que foi muito bem os primeiros 15 km até a cidade de Monte Castelo, dali pra frente o que era acostamento virou uma pista de teste para amortecedores, com direito a buracos, pedras, troncos, capim (sim, capim no acostamento). O acostamento até existia, o espaço dele existia mas era impossível pedalar ali, tive que ir pra pista, novamente um olho na pista outro no retrovisor, novamente caminhões lambendo minha lateral, o vácuo de um deles quase me levou ao primeiro tombo, coisa que não quero nem pensar. Cair a 60 km por hora sozinho não deve ser nada interessante.

                                                   ( Lugares assim bancam toda a viagem)

 Mas esse acostamento me trouxe outro primeiro problema, o primeiro pneu furado, estava a uns 10 km do posto de gasolina quando vi que a coisa não ia pra frente. Desanimei, estava cansado,não queria mexer com isso agora. Até tentei uma carona mas ninguém para na pista. Sem opções o jeito foi por a mão na massa. Nada dificil, nada demorado, mas a preguiça e o cansaço eram grandes. Bem, 30 minutos e pneu trocado.

                                          (Uma hora iria acontecer..rs)

  Cheguei até o posto, faminto, cansado e com a bicicleta começando a "rebolar" de tão desalinhada que estava. Almocei, conversei com os frentista sobre uma carona pra subir a serra e eles não sabiam de nenhum caminhoneiro daqueles parados ao monte no posto que iria subir.

  Vi um caminhão parado, um tiozinho, tentei e "opaaaa", na primeira. Era uma carreta de empresa de transportes de cimento com um adesivo bem grande na frente "Proibido Carona".rss...mas confesso que a aparencia da minha bicicleta anda cativando as pessoas..rss. Ele me olhou e disse "se voce conseguir colocar a bicicleta la atras eu dou a carona"...a bicicleta voou até a caçamba..rss.

  Seu Acacio era o nome do motorista, um catarinense de Lages, o homem mais sossegado que eu ja vi nesse mundo. Subimos a serra e ele ainda me ajudou me levando até São Cristovão do sul, 50 km pra frente de onde eu tinha pedido pra ele me deixar. Bem, cheguei a São Cristovão

 

2 comentários:

  1. Fala Ivan! Parabens por tudo! Saiba que vc é um exemplo... Nao sei se é bom, mas é um exemplo! Rs.
    Vou contar para meus filhos essa história.
    Grande abraço

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  2. Opaaaa Marcos, bele?...rss..pois é, ja penso se todo mundo resolver largar o trampo o País não vai pra frente...rsss..abraçosss

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